Inversão geomagnética - MARCONI CUNHA
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Inversão geomagnética

Escrito por Super Fortes - domingo, 16 de agosto de 2015 | 20:42

Inversão dos Polos e do Campo Magnético da Terra


Mudança nos Pólos norte e sul e a Inversão do campo magnético da Terra.
Um número crescente de cientistas está começando a se preocupar de que a mudança dos pólos magnéticos  já parece estar em curso e que isso seja o verdadeiro motivo por trás da aceleração das mudanças climáticas em todo o planeta.
Não seria somente a ação do homem, a poluição do ar, a atividade vulcânica subterrânea e SUBMARINA e o consequente aquecimento dos oceanos, 0 degelo das calotas polares, mas também as mudanças em nosso SOL …


Um campo eletromagnético fluindo sobre os dois polos de seu eixo central Norte e Sul, resultando em um Tórus.

Tradução, edição e imagens:  Thoth3126@gmail.com
POR EYE – PUBLICADO EM ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS E AS MUDANÇAS DA TERRA E MUDANÇA DE PÓLOS  E ATIVIDADES SÍSMICAS
… Que como consequência já estariam provocando o começo lento e inevitável de uma mudança dos POLOS MAGNÉTICOS NORTE/SUL DA TERRA, fato que se imagina que já aconteceu e causou a destruição de civilizações inteiras no passado (Atlântida) e que seria um fator importante nas extinções em massa de populações do planeta. A NASA descobriu recentemente e divulgou informações sobre uma violação, mudança importante no campo magnético da Terra.
torus
Esta quebra no campo magnético da Terra sozinho, na medida em que está permitindo que os ventos solares altamente carregados energeticamente entrem-PENETREM na atmosfera da Terra, é suficiente para realmente atrapalhar e mudar o clima em todo o planeta. Não só esta aceleração na mudança dos pólos magnéticos estaria bagunçando o clima planetário, mas ela também pode ter efeitos importantes sobre geopolítica global. Estas mudanças magnéticas não só são capazes de causar enormes super tempestades globais, mas pode causar o colapso da civilização planetária, em diferentes culturas e levar países inteiros ao colapso, até mesmo servindo como desculpa para entrarem em guerra uns com os outros.

Tudo ainda continua a ser visto e analisado cientificamente, mas a reversão magnética dos pólos da Terra parece estar se acelerando e aumentando rapidamente e está afetando os padrões climáticos mundiais. A verdadeira questão é o quão ruim as coisas vão começar a ficar antes que tudo se instale em um retrocesso sem retorno até que se estabilize em um “novo estado normal?” Em um determinado momento da história humana, se pensava que o Pólo Norte estava na área que é hoje conhecida como a Baía de Hudson.
Se a área da Baía de Hudson foi a última localização do Pólo Norte, para onde ele vai mais tarde? (pelos dados atuais ele parece estar se mudando para o interior da Rússia, a uma velocidade de 55 km por ano) E quão ruim as super tempestades e mudanças climáticas no planeta se transformarão antes de tudo se estabilizar em novos paradigmas? E poderemos parar de culpar uns aos outros por estarmos causando isso e trabalharmos juntos para sobreviver e manter a civilização intacta?
Centro Nacional de Dados Geofísicos do N.O.A.A. mantém um conjunto de dados anual das coordenadas da localização exata do  pólo norte magnético, voltando até o ano de 1590, derivado de medidas iniciais a partir de localização de navios para as técnicas modernas atuais. Notando que tem havido muita comunicação de mudança de pólo, ultimamente, até o ponto onde o fenômeno está realmente causando questões do mundo real, tais como fechamentos temporários de aeroportos, mudanças nas suas coordenadas que são pintadas nas cabeceiras das pistas de pouso e decolagem, uma investigação mais profunda estava  sendo necessária.
Depois de transferir os 420 anos de registros de dados da posição do pólo norte do Geo Data Center do NOAA, configurá-lo para caber em uma planilha do Excel, adicionando uma fórmula complicada para determinar a distância exata entre 2 conjuntos de coordenadas de latitude e longitude, aplicando a fórmula a cada ponto de dados da série, e, finalmente, planejar tudo isso em um gráfico visual, é alarmante descobrir o aumento da rapidez e uma brutal aceleração de deslocamento do pólo norte em apenas e tão somente nos últimos 10 a 20 anos. (GlobalRumbling)
Gráfico de deslocamento anual do pólo norte magnético durante os últimos 420 anos, mudança que se ACELEROU DRASTICAMENTE NOS ÚLTIMOS 20 ANOS (indicado pela seta vermelha no final do gráfico)
Desde 1860, a mudança dos pólos magnéticos bem mais do que duplicou a cada 50 anos. Isso é bastante significativo. Durante os últimos 150 anos, a mudança de pólo tem ido na mesma direção. Durante os últimos 10 anos, o pólo norte magnético se deslocou quase metade da distância total dos últimos 50 anos! Em outras palavras, a mudança do pólo NORTE aparentemente se acelerou substancialmente. Não se sabe se a mudança vai acelerar mais ainda ou se desacelerar nos próximos anos. Alguns dizem que uma inversão dos pólos da Terra já estaria atrasada, e esses fenômenos podem ser indicadores de que o início do processo de reversão JÁ COMEÇOU e de ser irreversível. (ModernSurvivalist)

A  hipótese de mudança de pólo magnético não deve ser confundida com a inversão geomagnética, a reversão periódica do campo magnético da Terra (efetivamente também mudando os pólos norte e sul magnéticos). A Inversão geomagnética tem mais aceitação na comunidade científica que a hipótese de deslocamento do pólo. A hipótese de mudança de polaridade é quase sempre discutida no contexto da Terra, mas outros corpos do Sistema Solar podem ter experimentado reorientação axial polar durante suas existências. A teoria diz que a crosta externa da Terra mudou e se moveu várias vezes no passado e que se moverá novamente no futuro.

Mudança do Polo Norte de acordo com os dados do NOAA, nos últimos 400 anos, com grande aceleração nos últimos 50 anos.
Uma inversão geomagnética é uma alteração na orientação do campo magnético terrestre de tal modo que as posições de polo sul e norte magnético  tornam-se trocadas definitivamente. O pólo norte magnético da Terra atualmente está à deriva do norte do Canadá para o interior da Rússia, na Sibéria com uma taxa anual de 55 km p/ano e atualmente em RÁPIDA aceleração. Também é desconhecido se esta deriva irá continuar a acelerar e na mesma taxa atual.

A Sociedade humana planetária atual com a sua dependência de energia elétrica e efeitos electromagnéticos (por exemplo, rádio, comunicações por satélite, telefonia celular, transmissão de sinais de televisão, internet, produção e distribuição de energia elétrica, localização global/GPS) pode ser extremamente (É MUITO) vulnerável a apagões  tecnológicos no caso de uma reversão de campo magnético completo da Terra.

O Campo Geomagnético da Terra está passando por uma reversão. Não se sabe quando ela será concluída, mas já está bem encaminhada, vai continuar em 2013 e para além. O campo está se enfraquecendo com conseqüências de que a irradiação do sol e vindas do espaço profundo estar penetrando em nossa atmosfera. Mas a inversão também significa mudanças profundas acontecendo no interior da terra, com consequências de terremotos em locais que não estão familiarizados com eles e novos vulcões surgindo. Durante a inversão, podemos experimentar um aumento considerável da atividade sísmica, mesmo um enxame de terremotos.

As mudanças do Polo Norte desde 80 mil anos atrás, em quatro posições, sendo a de número 4 a situação “atual” que esta em mudança para o interior da Rússia.


Três novos vulcões estão nascendo em vários locais submarinos do Oceano Pacífico neste momento. A reversão do Campo Geomagnético é um produto das mudanças que acontecem no interior da Terra. O núcleo está girando ligeiramente mais depressa do que a crosta externa que foi reduzida sua velocidade pelo efeito de arrastamento da lua através das marés. A rotação diferencial é o que gera o campo magnético. Como o núcleo gira, as linhas do campo magnético se comportam como o que acontece na superfície do sol quando o sol tem rotação diferencial do seu equador aos polos. A rotação diferencial em ambos os casos se estende as linhas do campo magnético, de modo que elas se enrolam em torno do sol ou da Terra.

Em um determinado momento, em cada caso, o campo magnético encaixa as linhas e o campo se inverte e se reconstrói.O fluxo diferencial do sol ocorre muito mais rapidamente do que o da terra, de modo que o ciclo magnético do sol ocorre em cerca de 22 anos, em média. A Terra demora mais e é aperiódica devido ao enrolamento mais lento e a interação com a lua, o sol e dos demais planetas. Inversões de campo típicos pode levar centenas de milhares ou até milhões de anos.

O estado atual da geomagnetosfera é muito caótico sem orientação norte-sul definitiva dos  pólos . Em vez disso, é uma colcha de retalhos de pólos em todo o lugar. É análogo ao da superfície do sol durante um período máximo de manchas solares, onde existem muitos campos acoplados por meio de  pares de manchas solares. Os restos do campo principal ainda existem, mas está enfraquecendo, com o pólo sul magnético mais perto do equador do que o pólo norte magnético. Imagens de satélite mostram que o campo global tem quebrado em muitas regiões locais com abundância de zonas neutras entre eles onde a radiação solar e cósmica pode chegar a penetrar até superfície da terra livremente, exceto pela atmosfera.

Em março de 2010, o Space Weather (Clima Espacial) da NASA nos disse duas coisas. O primeiro é que o campo magnético da Terra já esta quase a zero em sua força total, quebrado em centenas de pequenos campos acoplados. O sol no momento esta relativamente calmo na emissão de flares de acordo com o que é observado pela atividade solar na terra. Estas  zonas magnéticas estão mudando continuamente e há um presságio de mudança. Parece que o campo geomagnético estará globalmente neutro em torno de 2012/2013.

O campo eletromagnético do planeta é responsável pelas condições favoráveis da existência de vida em abundancia na superfície planetária. Qualquer alteração de intensidade e/ou colapso momentâneo causará um enorme impacto em toda a nossa civilização.

Exatamente agora, a Terra está aberta à penetração de radiação ionizante de todas as fontes, mas o clima solar local e o cósmico esta relativamente calmo. Mas isso não vai continuar assim e é difícil saber com antecedência quando um evento de radiação virá do cosmos em geral. Com o sol, podemos ter um ou dois dias de antecedência a respeito de um evento de emissão de nuvem carregada de prótons, mas não para os raios gama, uma vez que vai bater no momento em que vemos sinais como uma ejeção de massa coronal.

Onde os campos magnéticos caóticos estão no seu ponto mais fraco, é exatamente por onde as auroras polares vão nos mostrar e nos alertar de que se aproxima a radiação. A radiação ionizante significa um aumento de orientação na  mudança evolutiva  e doenças relacionadas com a mesma. Um sinal dos tempos é o aumento na atividade sísmica, inclusive em regiões que são considerados geologicamente estáveis e não sujeitas a terremotos. (Newsolio)

A Magnetosfera da Terra é o que gera os pólos magnéticos do planeta. Ele também nos protege do vento solar prejudicial que emana do Sol e da radiação de fora do nosso sistema solar. Envelopa a Terra e se estende para fora da atmosfera. É por isso que as missões para a Lua e outros planetas são prejudicadas pela radiação, mas as missões em órbita sofrem menos.

AMASCampo magnético total da Terra, sobre o Brasil na área azul mais escura (acima) existe a AMAS, a Anomalia Magnética do Atlântico Sul (Anomalia Magnética do Atlântico Sul, AMAS ou SAA do inglês, South Atlantic Anomaly; ), observar que as linhas de campo na região formam uma figura que se assemelha a um bico de um pato, por isso é chamada “El Pato”.
Os cientistas sabem que a inversão dos polos já aconteceu muitas vezes no passado. A orientação da direção dos grãos magnéticos que permeiam sucessivamente a crosta da Terra, particularmente do fundo do mar são a peça principal da comprovação desse fato. Quando a rocha é nova e foi derretida os grãos magnéticos são livres para se alinharem com o campo magnético vigente. Na medida que a rocha esfria, os grãos estão congelados no tempo. Como o fundo do mar se expande para fora (no Atlântico), é regularmente listrado com as rochas orientados em direções diferentes. Isso indica que os pólos magnéticos já se inverteram muitas vezes ao longo da história da Terra.
The South Atlantic Anomaly, a Anomalia (magnética) do Atlântico Sul (ou SAA) é a região interna do cinturão de radiação de Van Allen da Terra faz sua maior aproximação na superfície do planeta. Assim, para uma dada altura, a intensidade da radiação é maior nesta região do que noutro local. Os cinturões de radiação de Van Allen são simétricos com o atual eixo magnético da Terra, que está inclinado em relação ao eixo de rotação da Terra em um ângulo de ~ 11 graus.
Além disso, o eixo magnético é deslocado a partir do eixo de rotação por ~ 450 km (280 milhas). Por causa da inclinação e deslocamento, o interior do Cinturão de Van Allen está mais próximo da superfície da Terra sobre o oceano Atlântico sul (a maior parte sobre o BRASIL), e mais distante da superfície da Terra ao longo do Oceano Pacífico Norte.

 Alguns cientistas acreditam que essa anomalia é um efeito colateral da reversão geomagnética. Isto pode resultar de um mal-entendido da literatura existente, que menciona um enfraquecimento lento do campo geomagnético como uma das várias causas para as mudanças nas fronteiras da SAA desde a sua descoberta. O que é verdade é que, como o campo geomagnético continua a se enfraquecer, o interior do Cinturão de Van Allen vai se aproximar da Terra, com um aumento proporcional do SAA em determinadas altitudes.
A porção de maior intensidade da SAA deriva para o oeste, a uma velocidade de cerca de 0,3 graus por ano, e é visível nas referências listadas abaixo. A velocidade de deriva da SAA é muito próxima do diferencial de rotação entre o núcleo da Terra e a sua superfície, que estima-se estar entre 0,3 e 0,5 graus por ano. (MaritimeConnector)
A Anomalia do Atlântico Sul (SAA) é conhecida por estar crescendo em extensão e se espalhando desde a costa oeste da África do Sul, em direção ao Brasil, na medida em que o campo magnético interno da Terra se enfraquece rapidamente nesta região. Esta pode ser uma evidência inicial de uma futura reversão na direção do campo magnético interno da Terra. Não sabemos em detalhes exatamente o que ocorre durante essas inversões, incluindo as mudanças observadas no campo magnético e o tempo que uma reversão do campo magnético leva para se completar. No entanto, estes fatores são importantes para saber onde o risco de radiação pode ser aumentado e como a atmosfera pode responder.
O campo magnético da Terra tem tido muitos altos e baixos e reviravoltas em seu passado. A última reversão foi de cerca de 800 mil anos atrás (n.t. na realidade foi há apenas 13 mil anos atrás, evento que ficou registrado como o dilúvio de Noé, mas foi o afundamento final da última Ilha/continente de Atlântida). Assim, a Terra é conhecido por ser capaz de voltar a gerar o seu campo magnético e tem feito isso durante a pré-história humana. Compreender o desenvolvimento da SAA pode, portanto, ser significativo para a compreensão do processo de reversão e seu impacto sobre a vida e o meio ambiente natural do planeta. (BrittishGeologicalSurvey)

A Mudança polar e o aumento dos Terremotos
O aumento considerável no número de fortes terremotos nos últimos anos pode estar relacionado com o fenômeno da mudança magnética polar, e ambos são subprodutos do núcleo  externo líquido de ferro turbulento em ebulição da Terra, se agitando em torno de um núcleo de ferro interno sólido tão quente como o Sol e girando mais rápido do que o rotação externa do próprio planeta.
O Manto e a crosta da Terra estão flutuando em cima de um mar tempestuoso de condutores de eletricidade de ferro fundido líquido que produz o campo magnético do planeta pelo chamado efeito Dinamo. O pólo norte magnético foi localizado pela primeira vez em 1831 e tem sido regularmente monitorado até a medição mais recente tomada há algum tempo atrás, em 2001. Durante esse tempo, o pólo se moveu a uma incrível distância de 1,100 km. Na verdade, desde 1970, o pólo vem se movendo muito mais rápido, a partir de 10 km para 40 km por O deslocamento polar é causado por alterações substanciais na circulação do núcleo externo de ferro fundido da Terra.
O Dr. Tony Phillips de  Science News – NASA indicou os seguintes detalhes sobre reversões polares. Cerca de 400 reversões de deslocamento polar já teriam ocorrido durante os últimos 330 milhões anos, enquanto o intervalo médio entre reversões durante os tempos geológicos recentes tem sido de cerca de 200 mil anos. A última reversão de campo magnético da Terra ocorreu cerca de 780.000 anos atrás, e que hoje, aparentemente, uma nova reversão já estaria muito atrasada. A maioria das evidências recolhidas a partir de análise de certos tipos de rocha indica que um processo de reversão do deslocamento polar pode levar 1.000 ou até 8.000 anos para ser concluído. 
No entanto, há também relatos e registros do próprio processo se completar muito, muito mais rápido do que isso, sendo o mais famoso a partir de medidas tomadas de rocha de lava nas  Montanhas Steens, no Oregon, que indicam que o campo magnético foi mudando até 6 graus por dia, durante um deslocamento polar especial cerca de 16 milhões de anos atrás. Tudo o que estamos vendo aqui ultimamente em relação ao deslocamento magnético polar  da Terra e os terremotos atualmente, tudo pode estar relacionado e pode ser reflexos de mudanças que estão ocorrendo nas profundezas da Terra abaixo de nossos pés. (Survivalist Moderna)









por Rubens Venâncio dos Santos, Antônio José Gomes e Rosilene Gomes


Uma inversão geomagnética é a mudança de orientação do campo magnético terrestre de tal forma que o norte e o sul magnéticos são intercambiados. Estes eventos implicam frequentemente um declínio prolongado da intensidade do campo seguido por uma recuperação rápida após o estabelecimento da nova orientação. Estes eventos ocorrem a uma escala de dezenas de milhar de anos ou mais, tendo a mais recente (a inversão de Brunhes–Matuyama) ocorrido há 780 000 anos.

História

No início do século XX os geólogos repararam pela primeira vez que algumas rochas vulcânicas estavam magnetizadas segundo uma direção oposta à esperada. A primeira estimativa de quando haviam ocorrido as inversões magnéticas foi feita na década de 1920 por Motonori Matuyama, que observou que os campos magnéticos de algumas rochas do Japão estavam ao contrário e que estas rochas eram todas dos início do Pleistoceno ou mais antigas. Naquela altura, a polaridade da Terra era mal compreendida e a possibilidade de ocorrência de inversões suscitaram pouco interesse.[1]
Três décadas mais tarde, quando o campo magnético da Terra era já mais bem compreendido, foram avançadas teorias que sugeriam a possibilidade da inversão do campo no passado remoto. A maioria da investigação sobre o paleomagnetismo durante a década de 1950 incluía o estudo da deriva polar e da deriva continental. Embora tenha sido descoberto que algumas rochas invertiam o seu campo magnético enquanto arrefeciam, tornou-se aparente que a maioria das rochas vulcânicas preservavam vestígios do campo magnético terrestre da época em que elas haviam arrefecido. Inicialmente pensou-se que as inversões ocorriam com período aproximadamente igual a 1 milhão de anos, mas durante a década de 1960 tornara-se aparente que a sua distribuição temporal era errática das inversões geomagnéticas.[1]

Durante as décadas de 1950 e 1960 a informação sobre as variações do campo magnético terrestre foi recolhida sobretudo por meio de navios de investigação. Mas as rotas complexas das viagens oceânicas tornavam difícil a associação dos dados de navegação com as leituras de magnetómetro. Apenas quando os dados foram representados num mapa é que se tornou aparente que surgiam no fundo oceânico faixas magnéticas surpreendentemente regulares e contínuas.[1]
Em 1963 Frederick Vine e Drummond Matthews forneceram uma explicação simples ao combinarem a teoria da expansão do fundo oceânico de Harry Hess com a escala temporal das inversões: se o novo fundo oceânico adquiria o campo magnético atual, a expansão a partir de uma crista central produziria faixas magnéticas paralelas à crista.[2] O canadiano L. W. Morley propôs de modo independente uma explicação similar em janeiro de 1963, mas o seu trabalho foi rejeitado pelos periódicos científicos Nature e Journal of Geophysical Research, permanecendo por publicar até 1967, quando apareceu na revista literária Saturday Review.[1] A hipótese Morley–Vine–Matthews foi o primeiro teste científico essencial à teoria da expansão do fundo oceânico da deriva continental.
Com início em 1966, cientistas do Observatório Geológico Lamont–Doherty descobriram que os perfis magnéticos através da dorsal pacífico-antártica eram simétricos e coincidiam com o padrão das cristas de Reykjanes do Atlântico Norte. As mesmas anomalias magnéticas foram encontradas sobre a maioria dos oceanos do mundo, permitindo que fosse estimada a idade da maior parte da crusta oceânica.[1]

Por meio da análise dos dados paleomagnéticos, sabe-se hoje que o campo magnético terrestre inverteu a sua orientação dezenas de milhares de vezes desde a formação do planeta. Com a cada vez mais precisa Global Polarity Timescale (GPTS) (escala temporal global de polaridade) tornou-se aparente que a taxa à qual ocorrem as inversões ao longo do tempo variou consideravelmente no passado. Durante alguns períodos do tempo geológico (por exemplo o Longo Normal Cretácico), o campo magnético terrestre manteve uma só orientação durante dezenas de milhões de anos. Outras inversões parecem ter ocorrido muito rapidamente, com duas destas inversões durante um período de 50 000 anos. O geólogo Scott Bogue do Occidental College e Jonathan Glen do US Geological Survey encontraram mesmo evidências nas lavas antigas de Battle Mountain, Nevada, que indicam a possibilidade de uma inversão rápida do campo geomagnético num período de apenas quatro anos. A inversão foi datada como tendo aproximadamente 15 milhões de anos de idade.[3] Crê-se que a última inversão (a inversão Brunhes–Matuyama) tenha ocorrido há cerca de 780 000 anos.

Causas

A opinião científica encontra-se dividida quanto às causas das inversões geomagnéticas. Segundo uma teoria elas devem-se a eventos internos ao sistema que gera o campo magnético terrestre. Outra defende que elas devem-se a eventos externos.

Eventos internos

Muitos cientistas creem que as inversões são uma característica inerente à teoria do dínamo sobre como é gerado o campo geomagnético. Em simulações por computador, observa-se que as linhas do campo magnético podem por vezes ficar entrançadas e desorganizadas devido aos movimentos caóticos do metal líquido no núcleo da Terra.
Algumas simulações, tal conduz a uma instabilidade na qual o campo magnético assume espontaneamente a orientação oposta. Este cenário é apoiado pelas observações do campo magnético do sol, o qual sofre inversões espontâneas a cada 9-12 anos. Contudo, no caso do sol observa-se que a intensidade magnética solar aumenta muito durante a inversão, enquanto todas as inversões na Terra parece ocorrer durante períodos de baixa intensidade do campo.
Os métodos computacionais atuais usaram grandes simplificações de modo a produzirem modelos que podem ser corridos em escalas temporais aceitáveis para os programas de investigação.

Eventos externos

Outros, como Richard A. Muller, creem que as inversões geomagnéticas não são processos espontâneos mas antes desencadeadas por eventos externos que interrompem diretamente o fluxo no núcleo da Terra.[4] Tais processos podem incluir a chegada de lajes continentais arrastadas para baixo em direção ao manto por ação da tectônica de placas nas zonas de subducção, a iniciação de novas plumas mantélicas a partir da fronteira núcleo-manto, e possivelmente forças de corte núcleo-manto resultantes de eventos de impacto muito grandes. Os apoiantes desta teoria defendem que qualquer um destes eventos poderia levar à interrupção do dínamo em grande escala, desligando efetivamente o campo geomagnético. Dado que o campo magnético é estável tanto na orientação Norte-Sul atual como numa orientação inversa, propõe-se que quando o campo recupera de uma tal interrupção, ele "escolhe" espontaneamente um ou outro estado, de forma que uma recuperação é vista como uma inversão em cerca de metade de todos os casos.
São também conhecidas interrupções breves que não resultam numa inversão, designando-se excursões geomagnéticas.

Observação do campo magnético no passado


As inversões passadas podem ser e foram registradas em minerais de depósitos sedimentares solidificados ou fluxos de lava arrefecidos sobre terra ferromagnéticos (ou mais precisamente ferrimagnéticos).

Porém, originalmente, reparou-se no registo das inversões geomagnéticas antigas pela primeira vez durante a observação das "anomalias" magnéticas em faixas no fundo oceânico. Lawrence W. Morley, Frederick John Vine e Drummond Hoyle Matthews fizeram a ligação com a expansão dos fundos oceânicos da hipótese Morley-Vine-Matthews[2] [5] o que em breve levaria ao desenvolvimento da teoria da tectónica de placas. Dados que o fundo oceânico expande-se a uma velocidade relativamente constante, tal resulta em "faixas" evidentes do substrato a partir das quais a polaridade do campo magnético no passado pode ser inferida ao observar os dados obtidos a partir de um magnetómetro arrastado ao longo do fundo oceânico.

Contudo, uma vez que não existe fundo oceânico não subduzido (ou fundo oceânico encavalado em placas continentais, como no caso dos ofiolitos) muito mais antigo que 180 milhões de anos de idade, são necessários outros métodos para detectar inversões mais antigas. A maioria das rochas sedimentares incorporam pequenas quantidades de minerais ricos em ferro, cuja orientação é influenciada pelo campo magnético ambiente ao tempo da sua formação. Sob condições favoráveis, é possível assim extrair informação sobre as variações do campo magnético a partir de muitos tipos de rochas sedimentares. Porém, processos diagenéticos subsequentes ao enterramento podem apagar as evidências do campo original.

Uma vez que o campo magnético está presente em todo o globo, a descoberta de padrões semelhantes de variações magnéticas em sítios diferentes é um método usado para correlacionar idades entre vários locais. Nas últimas quatro décadas foram recolhidas grandes quantidades de dados paleomagnéticos sobre as idades dos fundos oceânicos (até ~250 Ma), dados estes que se tornaram uma importante e conveniente ferramenta para estimar as idades de secções geológicas. Não é um método de datação independente, dependendo dos métodos de datação "absoluta"como sistemas radioisotópicos para derivar idades numéricas. Tornou-se especialmente útil para os geólogos metamórficos e ígneos, os quais raramente dispõem de fósseis característicos para estimarem idades.

Escala de tempo da polaridade geomagnética

Frequência variável das inversões geomagnéticas ao longo do tempo

A frequência das inversões campo magnético da Terra tem variado muito ao longo do tempo. Há 72 milhões de anos (Ma), o campo inverteu-se 5 vezes no intervalo de um milhão de anos. Durante um período de 4 milhões de anos centrado na idade de 54 milhões de anos, ocorreram 10 inversões; há cerca de 42 milhões de anos, ocorreram 17 inversões num intervalo de 3 milhões de anos. Durante um período de 3 milhões de anos centrado na idade de 24 milhões anos, ocorreram 13 inversões. Num período de 12 milhões de anos, centrado na idade de 15 milhões de anos, ocorreram pelo menos 51 inversões. Estas eras de inversões frequentes são contrabalançadas por uns poucos "supercrons" - períodos longos em que não ocorreram inversões.[6]
Durante muito tempo presumiu-se que a frequência das inversões geomagnéticas é aleatória; em 2006, uma equipa de físicos da Universidade da Calábria descobriu que as inversões seguem uma distribuição de Lévy, a qual descreve processos estocásticos com correlações de longo alcance entre eventos separados no tempo.[7]

Supercron Normal Longo do Cretáceo

Um longo período de tempo durante o qual não ocorreram inversões dos polos magnéticos, o Normal Longo do Cretáceo (NLC, também chamado Supercron do Cretáceo ou C34) durou quase 40 milhões de anos, entre 120 e 83 milhões de anos atrás.Este período de tempo inclui estágios do período Cretáceo do Aptiano ao Santoniano, e pode ver-se ao observar a frequência das inversões magnéticas imediatamente anteriores e posteriores ao NLC, que a frequência decresceu regularmente antes deste período, atingindo o seu ponto mais baixo (sem inversões) durante o período NLC. Após o Supercron do Cretáceo a frequência das inversões aumentou lentamente ao longo dos 80 milhões de anos seguintes, até ao presente.

Zona Calma do Jurássico

A Zona Calma do Jurássico é uma secção do fundo oceânico que é completamente desprovida de faixas magnéticas que possam ser detectadas em qualquer outro local. Tal poderia significar que houve um período longo de estabilidade polar durante o período Jurássico semelhante ao Supercron do Cretáceo. Outra possibilidade é que, uma vez que se trata da secção mais antiga do fundo oceânico, qualquer magnetização que pudesse haver existido se tenha já degradado. A Zona Calma do Jurássico existe em locais ao longo das margens continentais do Oceano Atlântico bem como em partes do Pacífico Ocidental (como imediatamente a leste da fossa das Marianas).

 

Polaridade geomagnética desde meados do Jurássico. As áreas escuras denotam períodos em que a polaridade corresponde à atual, as áreas claras denotam períodos em que a polaridade é inversa.

Supercron Inverso Longo Kiamano

Este longo período sem inversões geomagnéticas durou desde aproximadamente o final do Carbonífero até ao final do Pérmico, ou mais de 50 milhões de anos, entre 316 e 262 milhões de anos atrás. O campo magnético tinha orientação inversa da atual. O nome "Kiamano" deriva da aldeia australiana de Kiama, onde, em 1925, foram descobertas algumas das primeiras evidências geológicas deste supercron.[8]

Supercron Inverso Moyero

Suspeita-se que este período do Ordovícico durando mais de 20 milhões de anos (485 a 463 milhões de anos) inclua outros supercrons (Pavlov &. Gallet 2005, Episodes, 2005). Mas até agora este possível supercron apenas foi encontrado na Sibéria, na secção do rio Moyero a norte do círculo polar ártico.

Futuro do campo presente


Na atualidade, o campo geomagnético como um todo está a enfraquecer; a forte deterioração presente corresponde a um declínio de 10–15% ao longo dos últimos 150 anos e que tem acelerado nos últimos anos; porém, a intensidade geomagnética decresceu quase continuamente desde um máximo de 35% acima do valor moderno atingido há aproximadamente 2000 anos. A taxa de diminuição e a força atual encontram-se dentro do intervalo de variação normal, como mostram os registos dos campos magnéticos passados em rochas.

Variações geomagnéticas desde a última inversão. 
A natureza do campo magnético da Terra é de flutuação heteroscedástica. Uma medição instantânea do campo, ou várias medições ao longo de várias décadas ou séculos, não é suficiente para extrapolar uma tendência global na força do campo. Tem aumentado e diminuído no passado sem razão aparente. Adicionalmente, a intensidade local do campo dipolo (ou a sua flutuação) é insuficiente para se caracterizar o campo magnético terrestre como um todo, dado que não é estritamente um campo dipolo. A componente dipolo do campo magnético terrestre pode diminuir mesmo quando o campo magnético total permanece inalterado ou se intensifica.

O polo norte magnético da Terra encontra-se em deriva do norte do Canadá em direção à Sibéria com uma taxa atualmente crescente — 10 km por ano no início do século XX, 40 km por ano em 2003,[9] [10] e 64 km atualmente, acumulando um deslocamento de 1.100 quilômetros ao norte do ponto em que pesquisadores o localizaram pela primeira vez[11] .

Glatzmaier e o seu colaborador Paul Roberts da UCLA fizeram um modelo numérico dos processos eletromagnéticos e de dinâmica de fluidos no interior da Terra. Os resultados da sua simulação computacional reproduziram caraterísticas-chave do campo magnético ao longo de mais de 40 000 anos de tempo simulado. Adicionalmente, o campo gerado por computador inverteu-se.[12]

Efeitos na biosfera e na sociedade humana

Dado que a inversão do campo magnético nunca foi observada por humanos com instrumentação, e como o mecanismo da geração do campo não é bem compreendido, é difícil dizer quais serão as caraterísticas do campo magnético conducentes a uma tal inversão.

Alguns especulam que um campo magnético muito diminuído durante um período de inversão exporá a superfície da Terra a um aumento substancial e potencialmente danoso da radiação cósmica. Contudo, o Homo erectus e os seus antepassados certamente sobreviveram a muitas inversões prévias, embora não dependessem de sistemas informáticos que pudessem ser danificados por grandes ejeções de massa coronal.

Não existem provas incontestadas de que um campo magnético tenha alguma vez causado uma extinção biológica. Uma possível explicação é que o vento solar pode induzir um campo magnético na ionosfera da Terra suficiente para proteger a superfície de partículas energéticas, mesmo na ausência do campo geomagnético normal.[13] Outra possível explicação é que o campo magnético não desaparece completamente, formando-se muitos polos de modo caótico e em locais diferentes durante a inversão, até estabilizar novamente.[14] [15]
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